O Vernissage Vitória, prédio mais alto de Vitória e que está em obras na Enseada do Suá, em frente à Praça do Papa, tem uma história de origem curiosa. Em uma reveladora entrevista no podcast “Minuto do Imóvel”, José Luís Galvêas Loureiro, sócio-fundador da Galwan, compartilhou como um projeto inicial em Miami pavimentou o caminho para a aquisição do terreno de quase 12.000 m² que hoje abriga a obra do empreendimento.

Tudo começou com a ida da Galwan para o Rio, com o objetivo de construir hotéis para investidores. A construtora havia feito dois hotéis Ibis em Vitória e, junto com a Accor, gigante francesa da administração hoteleira, foi para o Rio, que se preparava para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

No Rio, a Galwan ergueu mais 13 hotéis, que davam um retorno bem satisfatório aos cotistas. Isso animou os investidores, a maioria do Espírito Santo.

O sonho de investir em Miami e a reviravolta do mercado

“As pessoas no Brasil estavam com muito apetite de ter um pouquinho do seu patrimônio no exterior. Compramos então um terreno em Miami, um terreno maravilhoso, em Brickell, que ficou muito tempo com o nome da Galwan no tapume”, conta Galvêas, na entrevista.

A ideia era construir um hotel, um produto voltado para investidores. E repetir em Miami o que estava dando muito certo no Brasil.

“Porém, quando Trump foi eleito pela primeira vez, os bancos americanos entraram numa fase de dúvida, ninguém sabia direito como as coisas iam acontecer, e o financiamento foi muito dificultado. Numa assembleia, os investidores decidiram que não iam mais seguir com o projeto em Miami. A solução foi colocar o terreno à venda”, contou.

Na venda do terreno de Miami houve uma aproximação da Galwan com o fundo de investimento imobiliário Opportunity, sediado no Brasil, que comprou o terreno. O fundo de investimento também atua no Espírito Santo e resolveu colocar à venda um terreno em Vitória que acabou comprado pela Galwan.

De Miami para a Enseada do Suá

“Foi o empreendimento de Miami, que não evoluiu, que gerou essa aproximação e trouxe o Vernissage para a Galwan. Estou muito feliz!”, comemora Galvêas.

Durante o processo de compra e venda do terreno em Vitória, o Opportunity optou por não vender tudo e permanecer como permutante de uma parte do terreno. “Então, fechamos com 40% em permuta e 60% nós pagamos em dinheiro”, disse o fundador da Galwan.

“Agora, veja bem: por que que esse terreno veio para a Galwan? Ele interessaria a qualquer construtora, mas o Opportunity optou por investir em Vila Velha, investir em Miami, e colocou o terreno de Vitória à venda. Vê se eu não tenho que dar graças a Deus e pensar que realmente tem um anjo da guarda, alguma coisa assim, me protegendo”, comemora.

Vernissage: arquitetura, inovação e o futuro de Vitória

O Vernissage Vitória tem um VGV próximo de R$ 1 bilhão. O projeto foi concebido dentro da Galwan, com uma grande participação do presidente da empresa e da arquiteta Blenda Coutinho.

“Foi tudo feito com muito entusiasmo, pensando em cada detalhe, contratando o paisagismo do Benedito Abud e colocando o prédio mais alto de Vitória em frente à baía de Vitória, em frente à terceira ponte, com vista para o Convento. Estamos trazendo pra cá coisas que a gente aprendeu nos Estados Unidos, que a gente viu em Miami”, disse Galvêas.

Assista ao videocast para conhecer todos os detalhes dessa inspiradora jornada de empreendedorismo da Galwan, contada pelo fundador da construtora, com muito bom humor.